A PEDAGOGIA DAS COMPETÊNCIAS E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
BREVES CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS
Palavras-chave:
educação, mercado de trabalho, Pedagogia das CompetênciasResumo
Este artigo apresenta uma breve discussão acerca da Pedagogia das Competências como tendência atual no campo da formação dos professores, com o intuito de que estes formem indivíduos que atendam às exigências do mercado de trabalho na sociedade contemporânea. O termo competências ganhou força na década de 1990, principalmente a partir das reformas educacionais ocorridas no Brasil para atenderem às demandas do processo de reestruturação produtiva do capital. Para a análise da temática, lançou-se mão dos seguintes autores: Rios (2002), que é defensora da Pedagogia das Competências; Ramos (apud Nomeriano, 2005), que tece uma crítica acerca dessa pedagogia, porém sua crítica se esbarra nos limites do capital; por fim, Nomeriano (2005), que faz a crítica da crítica à luz do referencial teórico marxiano, que é o referencial adotado neste artigo. Além dessas três autoras, mencionam-se Hirata (1994), apontando a pedagogia das competências como um mecanismo utilizado pelo capital para a cooptação psíquica dos trabalhadores; Jimenez (2003), que faz uma crítica dos rebatimentos dessa pedagogia no campo da formação docente; Antunes (2005), de cujos trabalhos pode-se concluir que a referida pedagogia é uma das artimanhas do capital para reproduzir-se como sistema vigente, modificando o mundo do trabalho e exigindo um novo perfil de trabalhador; por fim, Tonet (2003), que propõe o desenvolvimento de atividades emancipadoras que apontem para a superação do capital, o que constitui a tarefa do professor.
