OS PARADIGMAS EDUCACIONAIS DOMINANTES NA AGENDA DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS

UMA ANÁLISE À LUZ DA CRÍTICA MARXISTA

Auteurs

  • Jackline Rabelo
  • Maria das Dores Mendes Segundo
  • Maria Cleide da Silva Barroso

Mots-clés :

Crítica marxista, formação docente, Educação para Todos

Résumé

Este artigo visa analisar, em linhas gerais, as principais proposições presentes no Relatório da Comissão Internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) decorrentes da Conferência de Jomtien (1990), reafirmadas, posteriormente, no Fórum Mundial de Educação de Dakar (2000), nas Metas de Desenvolvimento do Milênio (2000) e na Declaração de Brasília (MEC, 2004), desenvolvendo, em seguida, um balanço crítico sobre os seus desdobramentos no campo de formação docente. Para a análise dessa questão, toma-se como referencial teórico-metodológico a crítica marxista ao sistema sócio metabólico do capital, mediante uma síntese acerca do atual momento do capitalismo contemporâneo à luz das contribuições de István Mészáros. Constata-se que a educação básica é adotada como estratégia pelo capital, que procura, além de valorizar a capacidade tecnológica, estimular o aumento da competência, da eficácia e da produtividade da força de trabalho. Para tal, recomenda aos países periféricos o cumprimento de metas à educação restrita ao ensino básico, destacando, nesse processo, o papel do professor. Este acaba se constituindo num guardião dos interesses inerentes ao próprio artifício de reprodução ampliada do capital, nos termos proclamados pela ONU, Unesco e Banco Mundial, legítimos representantes da sociedade de mercado. 

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Publiée

2025-09-04

Numéro

Rubrique

Artigos